Díli, 8 ago (EFE).- O guerrilheiro que se transformou no primeiro presidente do Timor-Leste após a independência, Xanana Gusmão, tomou posse hoje como primeiro-ministro, numa cerimônia realizada um dia depois dos protestos de timorenses que são contra a sua nomeação.
A cerimônia aconteceu no antigo palácio do governo de Díli, onde também prestaram juramento os ministros do novo Governo.
Pelo menos sete pessoas foram feridas na terça-feira, quando a Polícia disparou balas de borracha e lançou bombas de fumaça em Baucau, a segunda maior cidade do Timor-Leste. A ação serviu dispersar as pessoas que protestavam contra a nomeação de Gusmão como chefe do Executivo.
Os protestos foram promovidos por seguidores e simpatizantes da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin). O partido ganhou as eleições de 30 de junho, elegendo 21 dos 65 deputados do Parlamento. Segundo a Constituição, deveria ter recebido a missão de formar o Governo.
No entanto, o presidente timorense, José Ramos Horta, nomeou Gusmão para o cargo de chefe de Governo. Ele conseguiu formar uma coalizão de partidos que, juntos, somam 37 parlamentares. O número é suficiente para constituir um Gabinete estável.
A aliança de Governo reúne o partido fundado por Gusmão em março, o Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), que tem 18 deputados, a coalizão ASDT-PSD, com 11, e o Partido Democrata (PD), com oito.
O Parlamento tem ainda três deputados do Partido de União Nacional (PUN), dois da aliança KOTA-PPT e dois do Partido de União Nacional da Resistência Timorense (Undetim).
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