17 août 2007

Timor-Leste: Motins anti-ANZAC

Tradução da Margarida:

Quinta-feira, Agosto 16 2007 @ 04:04 AM PDT
Contributed by: WorkerFreedom
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Motins têm rebentado nas duas maiores cidades de Timor-Leste quando opositores do novo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão confrontaram polícias e militares da Anzac.

O CNRT de Gusmão teve apenas 22% dos votos nas eleições legislativas do mês passado, ficando atrás da sua rival Fretilin. Gusmão conseguiu tomar o poder esta semana por causa da intervenção do seu aliado próximo, Presidente José Ramos-Horta, que invocou uma cláusula na constituição de Timor-Leste e lhe deu poder para formar governo.

Motins anti-ANZAC atingem Timor-Leste
Scott Hamilton
09 Agosto 2007

Motins rebentaram nas duas maiores cidades de Timor-Leste, quando opositores do novo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão se confrontaram com polícias e soldados da Anzac. O CNRT de Gusmão teve apenas 22% dos votos nas eleições legislativas do mês passado, ficando atrás da sua rival Fretilin. Gusmão conseguiu tomar o poder esta semana por causa da intervenção do seu aliado próximo, Presidente José Ramos-Horta, que invocou uma cláusula na constituição de Timor-Leste e lhe deu poder para formar governo.

Activistas da Fretilin têm estado indignados com o acto de Horta, insistindo que o seu partido tem o direito de formar a administração porque ganhou a parte maior dos votos e o maior número de lugares no parlamento. O líder da Fretilin e antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri disse ao Sydney Morning Herald que 'as pessoas estão verdadeiramente frustradas…votaram na Fretilin, esperavam que a Fretilin governe o país e de súbito com uma espécie de interpretação da constituição, o partido que ficou em segundo lugar foi convidado '.

Os motins começaram depois de manifestantes na capital Dili e na cidade de Baucau no leste terem sido confrontados por soldados e polícias Australianos e da Nova Zelândia. Recusando acatar as ordens para dispersar, os manifestantes, que cantavam 'Abaixo John Howard!' e agitavam faixas a denunciar Horta como marioneta Australiana, construíram barricadas com pneus a arder e atiraram pedras a polícias e soldados .

Tropas Australianas abriram fogo depois de jovens terem partido as janelas dos seus veículos perto do campo de deslocados pró-Fretilin de Comoro nos subúrbios de Dili. O campo tem sido um centro de protestos anti-ocupação desde que as tropas Australianas mataram a tiro dois dos seus residentes em 22 de Fevereiro. A embaixada Australiana foi alvo de atiradores de pedras e em Baucau um edifício associado com a ONU foi incendiado. Os manifestantes atacaram veículos das forças armadas de Nova Zelândia em ambas as cidades.

Não é surpreendente que os manifestantes tenham escolhido expressar a sua ira ao ilegítimo governo de Gusmão atacando forças e propriedades da Anzac. Há mais de um ano a administração de John Howard tem interferido descaradamente nos assuntos Timorenses a favo dos aliados próximos, Gusmão e Horta. Na primeira metade de 2006 o governo de Howard desencadeou uma campanha para desestabiliza o governo dominado pela Fretilin de Alkatiri ao dividir as forças militares e policiais, ao financiar manifestações anti-seculares pela poderosa Igreja Católica do país, e ao espalhar difamações anti-Muçulmanas e anti-comunistas contra Alkatiri. O resultado foi uma onda de violência que foi usada para pressionar a Fretilin a concordar no destacamento de tropas e polícias da Anzac.

Howard usou a força ocupante para assegurar a resignação de Alkatiri, e para fazer de Horta Primeiro-Ministro temporário e pô-lo no seu lugar. Em resposta, Horta louvou abundantemente a política estrangeira Australiana e Americana e tomou uma atitude muito mais conciliatória para planos para expandir a exploração Australiana dos campos de petróleo no Timor Gap. Mas a estabilidade política e social provou difícil de restaurar, e em Fevereiro e Março últimos motins atingiram Dili em resposta ao assassinato de civis Timorenses por tropas da Anzac que foram enviadas contra inimigos de Horta.

Durante as eleições Presidenciais e legislativas deste ano, tropas da Anzac foram usadas muitas vezes para intimidar a Fretilin, opositora de Horta e de Gusmão. Quando John Howard visitou Dili no fim de Julho para dar apoio ao governo de Gusmão, manifestantes foram ao seu encontro exigindo o fim da presença da Anzac no país. O novo levantamento em Dili e Baucau apenas comprova a oposição alargada à ocupação.

Lido no http://timor-online.blogspot.com/

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