EFE – 10 Agosto 2007
Díli - Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas e 4 mil fugiram de suas casas devido aos distúrbios em Viqueque, cerca de 250 quilômetros ao leste de Díli, em protesto contra a nomeação como primeiro-ministro de Xanana Gusmão, informaram hoje fontes oficiais.
"De terça-feira até esta manhã, o hospital recebeu 42 feridos dos conflitos em Viqueque e Uatulary. Alguns foram embora depois de tratados, por razões de segurança. Agora só temos 18 internados", declarou à Efe a médica Odete Maria Ximenes, do Hospital de Viqueque.
O inspetor José de Carvalho confirmou que mais de 4 mil pessoas abandonaram a cidade. Pelo menos 600 casas foram destruídas e queimadas durante os distúrbios.
Segundo Carvalho, a violência na cidade tem um componente político, a nomeação de Gusmão, e outro sectário.
Os protestos são atribuídos a seguidores da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin). O partido foi o mais votado nas eleições legislativas de 30 de junho, mas não vai governar, como estipula a Constituição. Gusmão, com seu Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), formou uma aliança que garantiu maioria no Parlamento.
"Os que fugiram de suas casas estão escondidos nos montes, na selva ou na igreja. Mas a igreja também se transformou em alvo, por isso pedimos proteção à força internacional de segurança e à Polícia da ONU", disse Carvalho.
Ele acrescentou que a Polícia deteve mais de 200 suspeitos nas últimas 48 horas.
O presidente timorense, José Ramos Horta, e o enviado especial do secretário-geral da ONU, Atuk Khare, devem visitar amanhã Baucau e Viqueque para tentar pacificar a população.
11 août 2007
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