São crianças de Timor-Leste. Uma nasceu em Venilale, a outra é de Ermera.
Têm muito pouco, quase nada, mas sorriem! O olhar reflecte a pureza, a inocência natural das crianças.
Deveriam brincar, estudar, alimentar-se bem. Deveriam ser a prioridade em Timor-Leste. Mas não. Grande parte delas são crianças trabalhadoras, muitas delas mendigas, mal alimentadas, sofridas, mal amadas pelo Estado, pelos políticos, pela sociedade.
Não sabem sequer que devem ter três refeições por dia. Porque se soubessem, também saberiam dos seus direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos das Crianças, aprovada por unaminidade em Assembleia Geral da ONU em 20 de Novembro de 1959. E saberiam que quase nada do que está consagrado está a ser cumprido.
Não sei quando chegará o dia em que às crianças timorenses será permitido viver com dignidade, quando serão observados, por exemplo, o direito “ ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade”, a “especial protecção para o seu desenvolvimento físico, mental e social,” ou a “crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos”.
Mal defendidas, marginalizadas, espezinhadas, quantas vezes esquecidas, as crianças de Timor-Leste crescem no meio do ódio e da injustiça.
As crianças sofrem mais que os adultos. Mas querendo continuar a acreditar que os líderes deste país são adultos responsáveis, o mínimo que se espera é que eduquem e chamem à razão os adultos loucos que em nome da sua "democracia" semeiam o terror por este país, se preocupam apenas com o seu presente e se esquecem da brevidade do Poder e da Vida e que Timor-Leste tem futuro.
E o futuro de Timor-Leste são as crianças...
Ângela Carrascalão Segunda-feira, Agosto 13, 2007
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13 août 2007
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