12 août 2007

Timor-Leste: Fretilin condena violência e diz ser falsos os rumores de revolta armada

Díli, 12 ago (EFE).- A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) condenou hoje os atos de violência no país da semana passada, e considerou como falsos os rumores de que estaria planejando um levante armado.

O vice-presidente do Fretilin, Arsenio Bano, afirma em comunicado que o grupo "condena qualquer ato de violência e reitera as chamadas a nossos partidários e a aqueles de outros partidos para que exerçam seu direito legal de se manifestar pacificamente".

A formação ofereceu também cooperar nas investigações das Nações Unidas sobre os distúrbios por motivos políticos, incluindo o ataque a uma caravana de veículos da ONU na sexta-feira passada.

Segundo Bano, seu partido pretende esclarecer os fatos e evitar novas ações de violência, enquanto criticou os inimigos do Fretilin por divulgar falsos rumores e exagerar os danos causados pelo grupo.

Sobre o ataque contra os veículos da ONU, Bano disse que começou quando membros da UNPol, a Polícia das Nações Unidas, retirariam cartazes e bandeiras de uma manifestação pacífica do Fretilin.

O representante do Fretilin criticou a UNPol e a Força Internacional de Estabilização (ISF, em inglês) por exercer maior força em suas ações contra os membros de seu partido, em comparação às realizadas contra outros militantes.

"A UNPol e a ISF permaneceram sentadas e não fizeram nada para acabar com meses de violenta perseguição contra os partidários do Fretilin em Ermera (60 quilômetros ao oeste de Díli) e em outros lugares no ano passado", disse Bano.

O Fretilin, que venceu nas legislativas de 30 de junho, considera ilegítimo o Governo de coalizão liderado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, que chegou ao cargo graças a uma aliança que garante o apoio de 37 deputados, frente aos 21 do Fretilin, no Parlamento unicameral de 65 membros.

Enquanto isso, a UNPol anunciou que, até agora, foram detidas 34 pessoas em relação à violência no leste do país na semana passada, e continuam as investigações sobre os distúrbios originados desde segunda-feira.

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