20 novembre 2013

Chronique Fernandine du 19/11/2013

ALLÔ BRÉSIL! NOUS ARRIVONS ET AVEC RONALDO!

Je ne suis pas certainement un fanatique de football, ça me révolte les
grandes sommes mouvementées par ce sport ou plus tôt affaires mais, je ne comprends pas la haine de certains envers Cristiano Ronaldo même après la magnifique victoire sur la Suède.

Félicitations à tous, à Cristiano Ronaldo, à l'entraîneur Paulo Bento et à
toute la "Seleção de Portugal".

Félicitations aussi à la France, pour aller au Brésil, elle avait besoin de 3
buts contre l'Ukraine et elle les a eu avec, il faut le dire, avec l'aide de l'arbitrage en validant un but, alors qu'il y avait hors jeux, en validant un autre but qui n'est peut-être jamais entré et en expulsant un joueur ukrainien, en plus un autre joueur ukrainien a marqué malacontreusement pour la France... je n'ai pas vu un seul
sujet sur cela à télévision française, seulement les réjouissances...

Au Brésil, seront présents trois entraîneurs Portugais (autant que les
Allemands) au service du Portugal bien sur mais aussi de la Grèce et de
l'Iran, c'est la preuve que les portugais sont toujours des bons émigrés ou
comme probablement préfère dire le gouvernement portugais actuel que les exportations portugaises se portent bien, autant que les allemandes...
Crónica Fernandina de 19/11/2013                        
 

OI BRASIL, ESTAMOS INDO! E LEVAMOS O RONALDO.

É o que se pode ler na capa do jornal I e que compartilho.

Não sendo um fanático de futebol, bem pelo contrário, escandalizam-me os rios de dinheiro com
que se move este desporto ou melhor este negócio, não entendendo no entanto o ódio
que alguns nutrem, mesmo portugueses, contra Cristiano Ronaldo mesmo depois do jogo magnífico
de ontem contra a Suécia. Devem ser as eternas más línguas e os habituais ciúmes lusitanos...
Parabéns ao Cristiano Ronaldo, ao treinador Paulo Bento e a toda a equipa.

Parabéns também à França que também conseguiu  ir ao Brasil e, mais uma vez, volta a participar
numa competição internacional com uma ajudinha... primeiro a da arbitragem ao validarem um golo
com um jogador francês em fora de jogo, a da expulsão de um jogador ucraniano e será que o terceiro golo entrou mesmo nas rede? Também houve um pé ucraniano a fazer um golo francês!
O que é certo é que eram precisos 3 golos para a França passar, salvar a TF1 e a Federação Francesa de Futebol...
                         
De sublinhar também a presença neste mundial do Brasil de três treinadores portugueses, tantos
como os alemães, os portugueses são Paulo Bento à frente de Portugal, Fernando Santos que
comanda a Grécia e Carlos Queiroz que é o treinador da seleção do Irão, mais uma prova que
os emigrantes portugueses são bons ou na gíria do governo de P.P. Coelho que está a exportar
cada vez mais e melhor... tal como a Alemanha!

19 novembre 2013

EN CES JOURS DE GRISAILLE J'AIME LES CENTRES COMMERCIAUX!

Chronique  Fernandine du 18/11/2013  


En ces jours sombres, pluvieux et froids, quand tout le monde est gris comme chats pendant la nuit, c'est dans les centres commerciaux que je retrouve, parfois, la chaleur et les couleurs absentes pour le moment des rues d'ici et d'ailleurs, dans les courbes du Colombo à Lisbonne ou du Médiacité à Liège.

Malgré certaines agressions commerciales, je retrouve dans ces centres
une certaine chaleur humaine, parce que pour beaucoup c'est un endroit
de rêve et d'évasion, comme les plages ou les parcs en été!

C'est vrai, avant il y avait beaucoup de halles et de foires, de commerces et de cinémas de quartier mais ces centre commerciaux sont les nouveaux points de rencontre qui aidnet en plus à couper la solitude grandissante développée par l'internet.

Ce sont les couleurs venant du plafond et des murs, des vitrines et des
lumières, maintenant renforcées par les décorations de Noël qui créent un
monde féerique encore accentué pars les courbes qui prolongent l'espace
où se promènent des gens de tous les âges, origines  et conditions sociales mais pas assez intellectuels pour certains, c'est un monde colorée qui réconforte dans cette déprime saisonnière.

C'est sans doute un fruit de la société de consommation mais c'est où nous vivons et pourquoi s'en priver...  c'est la vie!

NESTES DIAS CINZENTOS GOSTO DO COLORIDO DOS CENTROS COMERCIAIS
 

Crónica Fernandina de 18/11/2013                      

É verdade, nestes dias escuros, chuvosos e frios em que as pessoas são pardas, tal como os gatos...
é nos centros comerciais onde encontro às vezes o calor e as cores que faltam, são eles que nos dão
a luminosidade e o colorido que não se encontram, agora, nas ruas, em Lisboa, principalmente
no Colombo e em Liège no Médiacité.

Apesar da agressão comercial, encontramos ali um certo calor humano, talvez porque para muitos   
é um sítio de sonho e de diversão em família ou entre amigos, só comparável ao que se passa
nas praias e nos parques durante o verão.

É certo e é pena que os centros comerciais vieram substituir os mercados e as feiras
que quando e onde ainda existem não devemos perder mas, há infelizmente cada vez menos.

As cores vindas dos tetos ou das montras agora acrescidas com as iluminações de Natal
(afinal não é só o presidente venezuelano Maduro que antecipou o Natal...) e também as curvas
ajudam a dar uma ilusão de grande espaço não repetitivo, um espaço repleto de pessoas de todas
as idades e de todas origens, é na verdade um pulmão colorido dentro de uma cidade cinzenta.

Sem dúvida que é o fruto da sociedade de consumo (a nossa), que se trata de mais uma alienação em desviar as pessoas dos problemas quotidianos em vez de as incitar à reflexão, à criação ou mesmo só à leitura, ouvir música (qual?), ir ao teatro, ao cinema, às exposições ou aos museus
numa palavra incitá-las à cultura.

O que é certo também é que um pouco de distração não faz mal a ninguém e
cruzar pessoas que nunca cruzariamos noutros sítio, também não e, menos mal ainda,
é quando encontramos amigos e colegas, e damos dois dedos de conversa.

É a vida...

17 novembre 2013

RÉFUGIÉS

Mémoires Fernandines (15/11/2013)

Non, je n'ai pas oublié que j'ai été réfugié de la fin des années 60 au milieu de années 70 heureusement que je n'ai pas dû prendre des bateaux surchargés ni traverser des déserts ou des montagnes à pied, j'ai tout simplement traversé l'Espagne et la France en train, avec des arrêts à Madrid, Hendaye et Paris, j'arrive à Bruxelles le 7 juillet 1969 chez un ami que venait tout juste de partir à Rome mais, j'ai fait d'autres amis et certains perdurent encore aujourd'hui, ils m'ont beaucoup aidé.

La Belgique ma tellement bien accueillit que j'y suis toujours, presque
quarante ans après la fin de la guerre coloniale portugaise, la Révolution des Oeillets et la réinstauration de la Démocratie, je n'ai pas eu de grandes difficultés sauf pendants les 5 ans que je n'ai pas pu rentrer au pays mais, je n'ai jamais oublié le Portuga, la famille et les amis, bien au contraire.

Pour payer mes études de cinéma j'ai dû (et pu) travailler comme chauffeur aux Taxis Orange.

Comme je comprends ceux qu'aujourd'hui veulent fuir la violence, la
pauvreté, les guerres, l'imbécilité et les humiliations.

Il y a 8 jours j'ai vu sur France 2 un excellent reportage sur les réfugiés de l'île italienne de Lampedusa, dû moins sur ceux qui ont pu y arriver et sur une poignée de ceux-ci que sont accueillis à bras ouverts par les habitants d'une petite ville vieiiissante du sud d'Italie, à souligner en ces temps de racisme!
REFUGIADOS

Crónica Fernandina de 15/11/2013
                        
Não, não me esqueci que também já fui refugiado  no fim dos anos sessenta, felizmente que não
tive de atravessar nem oceanos ou mares em barcos superlotados, nem desertos ou montanhas a pé,
bastou-me um passaporte válido por um ano e uma certidão militar por um mês e só para Espanha,
não tive de atravessar fronteiras a salto, nem os Perinéus a pé, foi comodamente de comboio via
Madrid, Irún/Hendaye e Paris até Bruxelas, onde tinha um colega e amigo que partiu no dia da
minha chegada, 7 de julho de 1969 para Roma, nem nos cruzamos... mas fiz outros amigos, alguns 
dos quais perduram até hoje e que, na altura, muito me ajudaram
.
Fiquei na Bélgica até que a guerra colonial portuguesa em África acabasse e depois também,
até hoje! Não tive grandes dificuldades à parte as muitas saudades, sobretudo nos 5 anos em que
não pude voltar a Portugal. Para sobreviver tive pequenos empregos, primeiro na hotelaria e depois
como motorista de praça para pagar os meus estudos de cinema, a integração na sociedade veio
progressivamente mas sem nunca esquecer o país que me viu nascer... bem pelo contrário!                           
Como compreendo os que hoje querem fugir à violencia, às guerras e à pobreza.

Há 8 dias vi na France 2 uma reportagem muito emocionante sobre os refugiados de Lampedusa,
pelo menos os que lá conseguiram chegar e depois partir para uma pequena cidade do sul de Itália 
que os acolhe de braços abertos para a ajudarem a renascer da decadência, porque lá quase que só
restam pessoas idosas. Este acolhimento difere muito do racismo que alastra perigosamente pela
Itália e também pela Europa fora.

Felizmente que a solidariedade ainda não está completamente esquecida!

16 novembre 2013

NUMA LAVANDARIA

Crónica Fernandina de 15/11/2013              

Às vezes há avarias que vêm por bem, como a da minha máquina de lavar roupa... assim voltei 40
anos atrás e redescobri um mundo que para mim já era estranho, como o de andar de autocarro, de
metro ou elétrico para os autodependentes... É um mundo que a maior parte de nós não conhecemas é nele em que vivemos.

Primeiro precisamos de descobrir como aquilo tudo funciona, é tudo automático e não há receção!
Depois da máquina carregada, a porta fechada, os sabões postos onde é preciso, a temperatura escolhida, põe-se a moeda e se tudo corre bem, aquilo começa a funcionar e é só esperar, ou vai-se dar
uma volta ou fica-se por ali a olhar para a máquina, a ler um livro, a escrever uns sms ou ver quem 
entra e sai, uns arrumam e partem, outros carregam e esperam também, como uma senhora de uns 60 anos,
sem nada que chama-se a atenção, como as senhoras que há uns anos vestiam gabardines cinzentas,
senta-se e começa a ler um "e-book", um livro eletrónico, fico discretamente espantado...

A porta automática da rua abre-se e fecha-se automaticamente, às vezes não entra ninguém, basta uma
pessoa ou um cão que passem na rua para fazerem abrir a porta mas, deixa entrar o ar fresco que vem
da rua e que nos faz lembrar que o inverno está à porta, às vezes alguém entra, como uma senhora
japonesa que vem com o filho buscar a roupa que estava a secar ou um mangas de alpaca antipático
que veio abrir a máquina de lavar ou um sorriso africano que vem com um saco de roupa para lavar.
Também passaram por lá o patrão e uma ajudante que vieram retirar as moedas das máquinas,
antigamente estavam lá, atrás de um balcão a receber a roupa e o dinheiro dos clientes, hoje tudo é
automático, mas há ainda quem cumprimente e às vezes até há um dedo de conversa.

Enfim, chegou o momento de recolher a roupa, de a secar, de a dobrar e de regressar a casa ou se puséssemos a secar à janela como em Portugal? É verdade o sol na Bélgica já desapareceu há muito tempo!

15 novembre 2013

QUAND JE ME PROMÈNE À LISBONNE PAR LE CHIADO DES ÉCRIVAINS
(Chronique  Fernandine du 13/11/13) 

Quand je suis à Lisbonne, je passe souvent dans le quartier du Chiado (du nom d'un poète aujourd'hui oublié), c'est plus ou moins sur le chemin du train que je prends pour Oeiras, dans ce quartier je croise l'esprit et les statues de grands noms des lettres portugaises.

Tout d'abord Pessoa assis à la terrasse du café Brasileira pas loin d'où il est né, dans un immeuble en face de l'Opéra (son père était critique d'opéra...). Juste à côté je passe par la place Camões, le poète des Lusiades et en prenant la rue do Alecrim (romarin) qui descend vers le Tage, juste à droite, presque cachée par des voitures de pompiers il y a la statue d'Eça de Queiroz, un grand écrivain de la fin du vingtième siècle.

Je sursaute quand je lis qu'il a vécut de 1845 à 1900, ça veut dire que j'ai déjà vécu 13 ans de plus que ce grand écrivain, alors qu'ils nous a laissée une oeuvre impressionnante moi pratiquement rien...

C'est vrai que j'ai étudié et travaillé dans l'audio-visuel et en particulier dans le cinéma comme j'avais rêvé depuis ma jeune adolescence, je me suis même passionné par la radio mais sans laisser rien d'exceptionnel, maintenant est venu le temps de la photo et même des clins d'oeil à l'écriture, il est vrai que Saramago, le Nobel Portugais de la littérature a écrit le gros de son oeuvre après la soixantaine, donc, on ne sait jamais!

À propos, je conseil vivement la lecture du livre de Saramago "L'année de la mort de Ricardo Reis" un des hétéronymes de Pessoa où il décrit avec génie le Chiado (et alentours) des années 30 du siècle passé.

14 novembre 2013

QUANDO ANDO PELO CHIADO DOS ESCRITORES (Crónica Fernandina de 13/11/2013)

Quando ando por Lisboa, passo muitas vezes pelo Chiado (nome de um poeta hoje quase desconhecido) quando vou apanhar o comboio ao Cais do Sodré, passo pela estátua de Fernando Pessoa, sentado a uma mesa da Brasileira, a dois passos onde o poeta nasceu, num prédio em frente do Teatro de S.Carlos (a ópera de Lisboa),
ao lado fica a praça Camões onde domina a estátua do poeta e,
descendo a rua do Alecrim, a caminho do Cais do Sodré, um pouco mais a baixo à direita, quase escondida por camiões de bombeiros,
fica a estátua de Eça de Queiroz.

Na placa descritiva impressiona-me quando vejo 1845-1900, quer dizer que já vivi mais 13 do que o grande político, estudioso e escritor Eça de Queiroz que nos deixou uma obra excecional e eu, até agora, não fiz quase nada. Quase que tenho vergonha em passar por lá, talvez por inveja! Enfim, fiz o que desejei fazer desde a adolescência, estudar e trabalhar no audio-visual e no cinema, até fiz rádio, de que me apaixonei e agora que tenho mais tempo, dedico-me à fotografia e dou uns piscares de olhos à escrita, resta-me a consolação em saber que José Saramago escreveu a maior parte da sua obra depois dos 60 anos... nunca se sabe!

Já agora aproveito para recomendar a leitura do livro de José Saramago "No ano da morte de Ricardo Reis" um dos heterónimos de Fernando e onde tão bem descreve a rua do Alecrim e o Chiado.

12 novembre 2013

Chronique  Fernandine du 12/11/2013

UNE NOUVELLE FAçON DE VIVRE 

La société individualiste et égocentrique dans laquelle nous vivons s'installe dans touts les aspects de la vie, même dans la vie associative
où maintenant ça compte plus ce que tu dépenses que la convivialité, moins la solidarité que l'arrivisme où
on laisse plutôt aller les choses pour que les forts aillent toujours raison,
c'est l'oubli de ce qu'on a apporté un jour et l'arriviste gagne.

C'est triste à ce que nous a amené la société où nous vivons,
maintenant les amis c'est seulement par Facebook ou Twitter et
plus loin ils sont mieux c'est mais, ici au moins, quand on se fâche où ils nous envahissent de trop on les éjecte sans     gros remords,
le pire c'est dans la vie réelle, si elle existe encore!
C'est la vie... (Vraiment?)   
Crónica Fernandina de 12/11/2013   

UMA NOVA FORMA DE VIDA

Pelo que tenho visto nos últimos tempos, o individualismo ganhou em todas as frentes, até no associativismo...
não é a convivência que conta mas o que gastas,
não é a solidariedade mas o chico-espertismo,
é o deixa andar e que ganhe o mais forte,
é o esquecimento do que se fez e até o da própria existência!

É triste ao que nos levou a sociedade em que vivemos,
os amigos agora é só pelo Facebook e Twitter e quanto mais longe melhor
mas ao menos aí, quando há zangas exclui-se e pronto não há remorsos (ou quase) mas,
na vida real (será que ainda existe?) é muito pior!

É a vida!

11 novembre 2013

JALOUSIES, HAINES ET MENSONGES/Chroniques Fernandines 10/11/2013

Hier, j'ai parlé de mon Club de gens qui n'est pas un club de football, sauf celui de la télévision mais, comme une association de gens c'est un rassemblement d'êtres humains, il y a toujours des "brebis galeuses", comme dans les clubs de foot et même s'il n'y a qu'une seule, c'est déjà de trop, car peut faire des gros dégâts et créer un malaise entre les gens avec des mensonges, des suspicions, de la haine et même des conflits entre générations... et c'est le cas si on ne freine pas ce cancer!

Est-ce que ce sera encore l'indifférence générale de notre société individualiste qui vas dominer ou le bon sens de la vie en société, seul le futur le dira!
INVEJAS, ÓDIOS e MENTIRAS.../Crónicas Fernandinas 10/11/2013

No Clube a que me referi ontem que, julgava ser de Pessoas (de bem) mas que afinal é como os clubes de futebol que têm os seu maus adeptos, mesmo que sejam poucos ou um só que seja, o que já é de mais... pois, reflete um mau estar e se nada for feito pode ser destruidor.

Primeiro, ataca-se uma senhora, sócia da primeira hora, com quotas em ordem, porque vai raras vezes ao Clube...

Depois ataca-se outro sócio, com tantos anos de membro como de vida do "queixoso" também com as quotas desde sempre em ordem...

porque tentou organizar graciosamente sessões de cinema que não foram do agrado do queixoso, num dia em que não havia futebol nem nada no clube, sessões que até foram interrompidas poucas semanas depois inicio, com uma sessão de "karaoké" de pouca dura e tudo acabou por ir por água abaixo até hoje e já lá vão uns anos...

Segundo este mesmo queixoso, o supra citado sócio também nunca paga o que come e bebe, das raras vezes que passa pelo clube mas, como se apurou, é pura mentira!

Será inveja ou ignorância, conflito de gerações ou luta de classes, sabotagem ou simples malvadeza? Tudo isto numa pequena sociedade que julgava de amigos e até com ambiente familiar onde a amizade dominaria.

Pela minha parte, adeus e até ao meu regresso, um dia, para ver como a coisas evoluíram, se evoluírem... no bom sentido, claro!

10 novembre 2013

Promenade au bord de la Meuse/Chroniques Fernandines (Liège,vendredi 7/11/2013)

Aujourd'hui avec l'amélioration de l'état du temps, je me suis décidé à
recommencer mes longues promenades à pied et l'instant m'a conduit à mon unique club celui des travailleurs Portugais de Liège rue Saint Léonard où j'ai bavardé avec Maria, une déjà ancienne associée et amie que préparait les châtaignes pour la fête de ce dimanche.

De retour chez moi, j'ai parcouru la promenade au bord de la Meuse, très belle avec les ponts éclairés avec des lumières de couleurs changeantes où je croise quelques promeneurs à pied ou à vélo, au loin je vois les embouteillages des auto-dépendants...

Le fleuve coulait bien agité juste à côté et les péniches aussi
mais, bien plus près que les gros cargos ou les énormes bateaux de croisière reluisants au soleil, passant au large de "ma" promenade maritime de Oeiras, entre Lisbonne et Cascais, entre le Tage et la mer océane Atlantique...
Passear à beira-rio em Liège/Crónicas Fernandinas
(Liège, sábado 8/11/2013)

Hoje, a melhoria relativa do tempo, levou-me a sair de casa e a recomeçar os meus longos passeios a pé e, fi-lo até ao meu único clube, que não é de futebol é de pessoas, até ao Clube dos Trabalhadores Portugueses de Liège e aí estive à conversa com a Maria, uma já antiga sócia e amiga que preparava as castanhas para a festa da castanha de domingo.

Ao cair da noite, regressei a casa pelo passeio marítimo que acompanha o rio Mosa e foi bonito com as pontes iluminadas a mudarem regularmente de cor, um passeio bem calmo em que cruzo alguns caminhantes, corredores e velocipedistas e ao longe, como contraste, vejo os engarrafamentos dos auto-dependentes...

O rio estava mesmo ali ao lado, bem agitado, com os batelões quase a roçarem as margens e quase a roçarem-se em mim, bem mais perto do que os imponentes cargueiros ou os barcos de cruzeiro que luzem ao sol ao passarem ao largo do "meu" passeio marítimo de Oeiras, entre Lisboa e Cascais, entre o Tejo e o Atlântico...
Le Retour aux Chroniques Fernandines (Liège, vendredi le 7/11/2013)

Je suis revenu en Belgique il y a huit jours et depuis huit jours
que je n'ai pas vu le soleil, alors que pendant les mois
que je suis resté au Portugal il ne m'a pratiquement pas quitté mais,
aujourd'hui enfin, j'ai vu un bout de ciel et ça m'a inspiré!

Je dois souligner le magnifique livre de chroniques sur les jours inquiets (et de bon sens) de mon amis Manuel da Costa source d'inspiration.

J'espère que mes chroniques seront régulières, elles seront
écrites dans ma langue maternelle traduites en français,
ma deuxième langue.
O Regresso às Crónicas Fernandinas (Liège, sexta-feira 7/11/2013)

Regressei há uma semana de uma estadia de vários meses
ao meu Portugal natal e, em oito dias, ainda não vi por aqui o sol, só hoje vi um bocadinho de céu, o que me deu alento para voltar a escrever as minhas crónicas que têm ficado esquecidas há já muito tempo.

Devo dizer também que o excelente livro de crónicas dos dias inquietos (e sentidos, acrescento eu) do meu amigo Manuel da Costa (Neves) me deu vontade de escrever mesmo que não tenha a mesma veia poética...

Espero que seja regular e, ao contrário do Manuel, será em português,
a minha língua mãe amada, mesmo se algo esquecida mas, o francês, a minha segunda língua, estará sempre presente.

10 septembre 2013

LA MUSIQUE À LA FÊTE DE L'AVANTE DE 2013/A MÚSICA NA FESTA DO AVANTE DE 2013

Actualização de estado
De Fernando Cabrita Moreira
LA MUSIQUE À LA FÊTE DE L'AVANTE DE 2013

Tous les premiers "week-end" des mois de septembre à lieu près de Lisbonne, la grande fête du journal communiste "Avante" où en plus de l'ambiance (qui vas bien au delà des militants et sympathisants du parti), de la gastronomie, de la politique et des arts, en particulier la musique où les choix sont toujours bons et variées.
La révélation de cette année est sans doute la jeune chanteuse de fado GISELA JOÃO et l'émotion est venu du véteran groupe rock portugais UHF où des milliers de jeunes (et moins jeunes) chantaient en coeur des succès vieux de 30 ans ou des versions rock de JOSÉ AFONSO.

A MÚSICA NA FESTA DO AVANTE DE 2013

A Festa do Avante, orgão do P.C.P., tem lugar todos os anos,creio, desde 1976 no primeiro fim de semana de setembro, há muitos anos que vou até lá, pelo ambiente, pelos comes e bebes, pelos amigos e sobretudo pela música, pelas variadas e ótimas escolhas, como o TROVANTE, o meu grupo português preferido de sempre e até CELESTE RODRIGUES, a irmã de AMÁLIA que não tem nada mesmo nada de esquerda... que vi por lá há dois ou três anos!

Claro que é impossível ver tudo, vi o que pude e aqui vão as minhas impressões de quem ama a música lusófona até à perdição, impressões que valem o que valem de um amante mais sensorial do que objetivo... revi SÉRGIO GODINHO e os XUTOS & PONTAPÉS com agrado e alguma emoção mas, sem trazerem nada de novo.

Revi com muito prazer, alegria e até muita emoção (comunicativa) a jovem fadista GISELA JOÃO oriunda de Barcelos... que é urgente conhecer para quem ainda não ouviu, também ouvi um cantor de Beja, agora na moda por terras lusas, ANTÓNIO ZAMBUJO, com boas canções, bons arranjos e uma presença simpática que é apresentado por muitos como fadista mas que de facto pode ser tudo menos fadista!

A presença de grupos folclóricos é sempre bonita e interessante mas que atrai só meia dúzia de espetadores e é pena!
Vi também dois artistas cabo-verdianos, FANTCHA e ZÉ LUÍS, comunicativos mas que, ao ouvi-los, deixaram ainda mais saudades de CESÁRIA ÉVORA!

Muitos outros artista passaram pela festa do Avante de todos os géneros musicais que não vi, nem ouvi e certamente alguns deles execionais que ficarão para uma outra oportunidade...

Entre ouvi e vi a KUMPANIA ALGAZARRA que, para os meus ouvidos já muito gastos, faziam algazarra a mais, ouvi e vi com muita atenção o grupo DEOLINDA com a voz (pouco audível) e a presença (algo perdida) de ANA BACALHAU que francamente me desiludiu, talvez pelo cansaço do grupo ou porque o palco e a plateia eram demasiado grandes mas, nada a ver com o que vi há dois anos nas festas de Oeiras em que fiquei extasiado.

O que mais me impressionou e emocionou foi o grupo com que contava menos, talvez por isso mesmo, até porque nunca lhe achei muita graça exceto com a "Rua do Carmo"... antes do incêndio!
Trata-se claro do grupo UHF, ao ver toda aquela juventude a cantar velhos sucessos do grupo com mais de 30 anos como se fossem de hoje ou versões "rock" de músicas de JOSÉ AFONSO em que toda a gente participava, leva-me a ter ainda alguma esperança!

Até para o ano.

23 mai 2013

MÉMOIRES MUSICALES 23/05/2013

J'ai vu un de ces jours à la télévision portugaise une émission fantastique avec la pianiste Olga Prats qui ma beaucoup touché par sa sympathie et sa passion et ouverture pour la musique, si j'avais rencontré quelqu'un comme ça à l'école ou ailleurs, j'aurais peut-être appris et fait quelque chose avec la musique, en tout cas, avec le temps j'ai appris à l'aimer, surtout les musiques brésiliennes et portugaises et même à les divulguer à la radio belge pendant plus de 20 ans, musiques que m'entourent encore aujourd'hui ainsi que quelques chanteurs français, italiens, des musiques du monde, du rock, du jazz et que sais-je encore!

MEMÓRIAS MUSICAIS   23/05/2013

Num dia destes vi um programa fantástico na RTPi,  já à meia-noite, talvez não tivesse sido o programa que foi fantástico mas antes a personagem, a pianista Olga Prates, vi até ao fim, já a cair de sono com o maior prazer e fiquei a questionar-me se tivesse encontrado na minha juventude uma senhora ou um senhor como Olga Prates ou Atónio Victorino de Almeida, talvez tivesse feito alguma coisinha com a música que apresentada assim é tão bela...

Esta maravilhosa senhora fez-me lembrar a minha querida mãe que, lamento imenso para ela e para mim também, não ter continuado o piano, por causa da cunhada que a proibia de tocar quando foi viver para casa dela, por falecimento do pai, o meu avô materno, se tivesse continuado talvez me tivesse aprendido a tocar qualquer coisinha, enfim, tenho como recordação algumas pautas de música da sua juventude azarenta de qualquer forma transmitiu-me o prazer em ouvir música.

Lembro-me que quando era muito jovem e havia lá em casa um gravador Gelloso (o meu irmão sempre gostou das novas tecnologias) e também uma viola, arranhei alguns sons que deviam ser muito modernos sem saber nada do que se passava pelo mundo fora e em particular no campo musical, será poderia ter sido um Jimmy Hendrix português? Passei ao lado de tanta coisa, esta foi só uma...pelo menos no meu imaginário...

Bem mais tarde fui apanhado a lidar com música, a divulgar música portuguesa e lusófona na rádio belga, no começo não conhecia nada, comecei a ouvir e a gostar, até encontrei muitos artistas que entrevistei, como José Afonso, Amália Rodrigues, Cristina Branco, Carlos do Carmo, Maria João e muitos e muitos outros.

Na adolescência, a partir de meado dos anos sessenta do século passado,  fui "embalado" ao som do programa do então Rádio Clube Português "Em Órbita" que só passava música anglo-saxónica até ao dia que passou uma música portuguesa e em português do Quarteto 1111 de boa memória mas foi um exemplo esporádico, já não estava em Portugal quando do fenómeno do programa de televisão "Zip-Zip" e a música portuguesa só havia de fazer parte da minha vida muito mais tarde com José Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fanhais, na altura achava o fado piroso mesmo o de Amália Rodrigues que hoje adoro, coisas da idade e da altura...

A música clássica nunca me atraiu o que talvez tivesse acontecido se a minha mãe tivesse continuado a tocar piano, com o tempo apaixonei-me pela  Música Popular Brasileira com Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia o que me levou à  Música Popular Portuguesa, ao fado, à música de raiz folclórica, ao rock, ao jazz, à música africana, às músicas do mundo, todas elas me emocionam ainda hoje, atualmente também me identifico muito com a programação musical da RDP/Antena 1, ouço ainda com muito prazer alguns artistas franceses, italianos, latino americanos e claro e sempre o rock-pop anglo-saxónico e, nem que fosse a propósito, ao acabar de escrever estas linhas, recebi a notícia da morte do grande Georges Moustaki que muito me entristeceu,  lembram-se do Fado Tropical?

(Continua num dia destes)
CRÓNICAS FERNANDINAS    CHRONIQUES FERNANDINES    21  MAI(O) 2013       

EST-CE QU'AU PORTUGAL LA JEUNESSE EST ANESTHÉSIÉ?

Après un débat à la télévision portugaise avec des jeunes et sur leur avenir au Portugal, il me semble qu'ils sont pour la plupart des vieux avant l'âge et sans l'impertinence propre à l'âge, ça ne m'étonne pas qu'ils préfèrent émigrer que lutter pour un meilleur avenir au pays, c'était vraiment le portrait d'un pays anesthésié...

UM PRÓS & CONTRAS SOBRE A JUVENTUDE POUCO CONVINCENTE

Muita parra e pouca uva no Prós & Contras dedicado ao que pensam os jovens portugueses do futuro...
Lembrou-me os tempos da minha juventude em que se julgava saber tudo quando se tinha vinte anos mas agora sem o atrevimento de outrora, onde está a audácia que é (ou era?) própria à juventude? Parece que está toda a gente (ou quase) sob o efeito de calmantes...
Havia uma menina bem, a intelectual de esquerda que tinha mais perto dos trinta do que dos vinte anos, bem pensante também, com ideias claras de que é preciso ir buscar aos lucros das empresas o dinheiro necessário para sustentar a segurança social, isto é os lucros feitos pelas máquinas com a dispensa dos trabalhadores, deve ajudar a sustentar os desempregados.
Havia um menino da Universidade Católica que prepara bem a sua entrada no mundo da política, tão conservador, ou mais ainda do que os seus mestres mas, tentando escamotear com muito palavreado...
Ao lado deste rapaz estava outra menina bem, jurista mas que não exerce (não deve precisar...) que afirmava que hoje não há diferença entre esquerda e direita mas, para tentar esconder o seu conservadorismo, agitava-se muito mas dali não saía nada de jeito, nem para um lado nem para o outro...
Do mesmo lado estava um jovem professor universitário, já trintão, que dava também uma no cravo e outra na ferradura mas acabando por afirmar que o ministro das finanças, que tem posto o país e a economia de rastos tinha de sair...
Do outro lado um casalinho contestatário mas que pouco se fez ouvir ou fui eu que não dei por isso, sem grandes ideias inovadoras, lembrava-me as numerosas conversas estéreis da juventude, cheias de boas intenções mas que não levavam a lugar nenhum...
Do lado do público dois jovens empreendedores tidos como os salvadores da Pátria mas muito contestados porque Portugal não pode ser só um país de empresários, um país de comerciantes, artesãos, profissões liberais e gestores, até porque não podem trabalhar sozinhos?
Nessa altura houve uma discussão muito surrealista entre um dos jovens empreendedores, o de 16 que criou uma linha de roupa que faz fabricar em Portugal e a senhora bem, que parece que é historiadora que começou a insultá-lo por utilizar mão de obra muito mal paga...
Francamente, não sei se a juventude portuguesa estava bem representada, se foi um acaso ou se foi uma escolha deliberada da produção mas, o que é certo, é que ao que vi não augura nada de bom, para nós e sobretudo para os jovens ou talvez seja eu que já esteja  a perder o juízo ou a paciência... de qualquer foi um programa para esquecer!

24 avril 2013

LES CHRONIQUES DE FERNANDO     (24/04/2013)

Il paraît qu'être bilingue éloigne le danger de la maladie d'Alzheimer alors je profite pour essayer de faire un petit résumé de mes chroniques en français, aujourd'hui c'est la reconnaissance du portugais comme ma langue de référence et la reconnaissance que pour être artiste il faut quand même être narcissiste pour créer et exister.

CRÓNICAS FERNANDINAS         (24/04/2013)

Isto de estar doente tem as suas vantagens e também inconvenientes...

As principais vantagens é a de ter tempo para ler e pensar e o pior inconveniente é o de quando começa a surgir aneura é o vasculhar na internet, no facebook e até na cabecinha que com anos já está muito dura!

Segundo o poeta Fernando Pessoa, a minha Pátria é a minha língua, a língua portuguesa, ora como nasci português, a minha língua materna é o português, estudei em português até aos 20 anos, sou português, sinto-me português, mesmo depois de mais de quarenta anos de boa integração na Bélgica e como ainda arranho umas coisinhas de português, vou continuar a escrever as minhas "Crónicas Fernandinas", na minha língua que é em definitivo a minha Pátria, até porque é também uma bela língua universal tal como a francesa que se tornou na prática a minha língua de comunicação quotidiana com as pessoas que me rodeiam.

Pessoas no sentido de "seres", o único sentido que há em português para a palavra "pessoa" pois "ninguém", como muitos francófonos julgam que "pessoa" também significa "personne" como em francês, o que até tem dado muito jeito a alguns intelectuais em busca de um certo exotismo para "brincarem" com o nome do poeta mas, infelizmente para eles, "pessoa" em português só significa "ser" ou algo de equivalente...

Quando estiver inspirado, lá farei talvez um resumo ou outro em francês mas, não me esforçarei lá muito, até porque há quem escreva muito melhor em francês do que eu... e também serve para marcar  uma presença diferente neste mundo francófono que se julga ainda o centro do mundo, esquecendo que muitas outras culturas e línguas existem como a nossa que até é a segunda mais utilizada no "Facebook", nas vésperas do 25 de abril definitivamente Viva à Liberdade e não à submissão!

Já agora, ser bilingue parece que é uma boa coisa para evitar a doença de Alzheimer, tal como aprender uma palavra nova todos os dias e sem dúvida também ir escrevendo umas coisinhas por aqui...

O pior em estar doente é que temos muito tempo a perder e às vezes sós em frente do computador e com a febre a ajudar, a obsessão sobe, sobe, sobe como um balão e quando se vê uma imagem que já tínhamos visto umas semanas atrás mas que tinha entretanto desaparecido e que nos lembramos que isso já tinha sucedido várias vezes,  fez-me saltar da cadeira e reagir de imediato o que é sempre mau, esquecendo-me ainda por cima que estava a reagir a um grande amigo que é artista, ora os artistas têm de ser narcisistas para criarem e existirem e que por arrasto precisam também da sua corte de admiradores, só a noite é que me permitiu abrir os olhos e vir agora pedir as minhas desculpas.

09 avril 2013

O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL, A IMPRENSA E O GOVERNO...

O governo de Pedro Cacos Coelho queria governar num país sem rei e nem lei e vê-se a cabala que foi feita por alguns orgãos da comunicação social, entre eles a RTP, ao denunciar (e muito bem mas, na má altura) as reformas dos juízes após pouco tempo de serviço, para denegrir o que fosse decidido pelo Tribunal Constitucional e preparar a agressão verbal que o primeiro-ministro fez contra este orgão de soberania.

31 mars 2013

CRÓNICAS FERNANDINAS... O REGRESSADO  SÓCRATES

Como cerca de 1 milhão e 700 mil portugueses assisti e apreciei o regresso à ribalta de Sócrates, se alguém achar interessante a opinião deste estrangeirado ainda apaixonado por Portugal, pode ler, senão aconselho navegar para outras paragens até para evitar, quem sabe, algum enervamento o que não vale francamente a pena...

Em dois pontos estou absolutamente de acordo com o Regressado Sócrates, a opinião que tem sobre o Não dá Cavaco e sobre o "Correio da Manhã", quando folheio este jornal até parece que a Chicago dos anos 30 do século passado se mudou para o Portugal de hoje, escondendo que o país, tal como Lisboa, são ainda hoje dos lugares mais seguros da Europa e do Mundo, quanto à má língua é melhor não dar à língua pois talvez ainda me ponham em tribunal... Quanto a Cavaco que não dá cavaco é muito mais complexo!

 Claro que foi o presidente que está na origem da crise em que se vive mas, claro também, que não foi o único... e já vem de trás, dos tempos de primeiro ministro, com o desmantelamento das indústrias e em particular a das  pescas que agora parece defender e também o abandono da agricultura, o início das parcerias público privadas com a construção do Hospital Amadora Sintra, a proliferação de autoestradas e o abandono progressivo dos caminhos de ferro e até a construção milionária do Centro Cultural de Belém para acolher a Europa que lhe oferecera miragens com jorros de dinheiro a acompanhar.

No fundo, os países industriais europeus, os que mandam efetivamente na Europa mas com a cumplicidade dos pequeninos, queriam preparar a nossa mão de obra barata, tal como a dos outros países do sul europeu, para substituir a chinesa que já estava a encarecer demasiado e que passariam assim a fornecer, sem recorrer a transportes dispendiosos, o que as grandes empresas europeias precisassem e tudo corria às mil maravilhas até que a ganância da banca e dos financeiros deitaram tudo abaixo.

Isto faz-me pensar ao que Pedro Cacos Coelho quer fazer, ao que se chamava em tempos ídos pessoal menor da função pública, pois para os conseguir por na rua quer dar-lhes umas migalhas como compensação... só que o dinheiro se evapora num ápice, num carro em que sempre sonhou, numa casa que não se conseguia comprar, numa doença que pode surgir de repente, num comércio para que o qual não se estava preparado e depois, ficam na miséria tal como o país! A história repete-se mas noutra escala é certo...

Voltemos ao Regressado Sócrates que acusa o agora Não dá Cavaco, com os seus disciplos que ajudou a por no poder, em ter dado cavaco a mais na altura em que Sócrates era primeiro-ministro para o deitar abaixo! Aí tem razão.

Mas o Regressado Sócrates não é santinho nenhum, lembro-me muito bem como tratou tão mal os professores e também o de ter diminuído as pequena pensões...

Nunca fui "Socrista" ou "Socrático" ou que for mas, tenho de reconhecer que nos seus consulados reinava o ótimismo e se previam futuros risonhos, sem dúvida irrealistas mas, nessa altura ainda era permitido sonhar o que já não era nada mau...
CRÓNICAS FERNANDINAS... OS PORTUGUESES PELO MUNDO (EM BRUXELAS)

Vi neste sábado mais um programa da série de reportagens "Portugueses pelo Mundo" consagrado desta vez aos portugueses de Bruxelas e de Gand/Gent que conheço bem, pelo menos os de Bruxelas onde cheguei há  44 anos e onde trabalhei e estudei durante 5 anos antes de vir para Liège (que é um bocadinho o contrário de Gand) para trabalhar e onde mais tarde também realizei durante mais de 20 anos programas de rádio (e durante alguns anos também de televisão) programas e reportagens sobre e para a comunidade portuguesa na Bélgica.

"Portugueses pelo Mundo" é uma série interessante e moderna, que se interessa pelos portugueses modernos mas, muito pouco representativos das comunidades portuguesas, que sejam antigas ou recentes, o que já desconfiava ao ver números anteriores e se confirmou com este sobre os portugueses de Bruxelas, o que não quer dizer que fosse um mau programa, bem pelo contrário, até se ficou a conhecer um pouco a cidade mas quase nada sobre os portugueses que aí vivem, enfim um bom entretenimento, não mais do que isso, o que já não é mau... a meu ver, claro!

29 mars 2013

CRÓNICAS FERNANDINAS: LEMBRANDO ANTONIO TABUCCHI

Homenagem algo surrealista a Antonio Tabucchi hoje no Alquilone em Liège, casa cheia, bom ambiente, bons manjares luso italianos com bacalhau e tudo para matar saudades, bem regado com vinhos italianos e até o bem português vinho do Porto, ouviu-se poesia de Fernando Pessoa, bem declamada em português pelo amigo Manuel da Costa Neves e em italiano, traduzido por Tabucchi, por uma menina italiana e é sempre bonito ouvir a musicalidade italiana, já agora, um bocadinho em francês teria feito muita gente feliz...

Parti cedo é certo, pois um François que não é o Francisco que é Papa, o Hollande, ía falar na televisão e não o queria perder, como não perdi na véspera a entrevista de Sócrates mas, até sair, não fiquei a saber grande coisa de Tabucchi que repousa nos Prazeres em Lisboa, onde já repousou Fernando Pessoa.

Tabucchi foi muito mais do que um importante estudioso e tradutor de Fernando Pessoa, entre muitas obras escreveu "Afirma Pereira" que foi adaptada ao cinema e em 1991 até escreveu um livro em português: "Requiem. Uma alucinação".

Por quem lá ficou deve ter ficado a saber tudo isto e muito mais e a ouvir sem dúvida muitos belos textos de Tabucchi que é urgente descobrir para quem ainda não o leu.

10 mars 2013

CRÓNICAS MÉDIA(NA)S

Cristina Branco e "Alegria"

Acabo de ouvir na RDP Antena 1, num ótimo programa que se dá ao nome de Vozes da Lusofonia, a cantora Cristina Branco a falar do seu último disco "Alegria" que é simplesmente encantador, com um formidável alinhamento de poemas, qual deles o mais lindo e musicados maravilhosamente e coisa rara atualmente, pensado num todo e não numa só músca para ser vendida no i-tunes.

Cristina Branco que tive a honra e o prazer de entrevistar no início da sua carreira para o programa de rádio da RTBF "Entre Dois Cais" em Hasselt e que desde então, tem tido um percurso artístico formidável, que começou nos Países-Baixos sem nunca ter emigrado...

Já agora pergunto-me porque é que os grandes artistas portugueses, quando vêem agora à Bélgica, produzem-se sobretudo na Flandres, algumas vezes em Bruxelas e muito raramente na Valónia, será devido ao nombrilismo francófono e pouco interesse pelas outras culturas e por arrasto à integração/assimilação da comunidade portuguesa? Não sei!

A direita portuguesa "navega à vista" - Politica - DN

A direita portuguesa "navega à vista" - Politica - DN

09 mars 2013

CRÓNICAS MÉDIA(NA)S

O novo Jornal das 24 da RTP,não é mais do que uma nova versão regionalista do que existia já e, também feito no Porto mas que passou a substituir o Jornal da RTP2 das 22h, é um jornal do norte com difusão nacional que até parece que a capital de Portugal é o Porto, é simplesmente confrangedor...

(8/3/2013)
O QUE SE PASSA POR CÁ E POR LÁ...

O OCIDENTE E O FUNERAL DO PRESIDENTE CHÁVEZ

Enquanto a América latina se fez representar em peso na homenagem de adeus a Chávez, desde o presidente "inimigo" da vizinha Colombia Juan Manuel Santos ao amigo presidente de Cuba Raúl Castro, passando pela presidenta do Brasil Dilma Roussef e pelo antigo presidente Lula da Silva, pela presidenta da Argentina, pelos presidentes do México, da Bolívia e de muitos outros países, alguns oriundos de outros pontos do mundo como os presidentes contestados pelo Ocidente e talvez por isso apreciados por Chávez, os da Guiné Equatorial Teodoro Obianga, do Irão Mahmud Ahmadinejad e da Bielorussia Alexandre Loukachenko.

Ídos do Ocidente (Norte) isto é dos Estados Unidos da América do Norte e dos seus amigos e seguidores europeus, só estiveram representantes de segunda ordem, como o ministro português dos negócios estrangeiros Paulo Portas, à exceção talvez só de Espanha, que se fez representar pelo pelo príncipe herdeiro.

Mais uma vez se viu a clivagem que há entre os países ricos e poderosos do norte que dirigem o mundo e fazem guerras a seu belo prazer e em seu único proveito, aliando-se se necessário a quem quer que for, como a anti-democrática Arábia Saudita e sobretudo, sem se preocuparem com o vazio do poder que possam provocar, como sucedeu na Somália, no Iraque ou na Líbia e, o resto do mundo que ou se submete e é desprezado ou é combatido por todos os meios possíveis, desde as injúrias, as manigâncias até, se necessário e possível, à utilização de armas...

Assim vai o Mundo!

(9/3/2013)

08 mars 2013

O QUE SE PASSA POR CÁ E POR LÁ...

O ORDENADO MÍNIMO NACIONAL

Há coisas que não dão para entender, como se pode viver em Portugal com um ordenado de uns 430,00 € (485,00 € menos impostos), um valor que não aumenta desde janeiro de 2011, ora o custo da vida não parou de aumentar desde então (e desde sempre), logo no início do governo de P.P.Coelho os transportes públicos aumentaram 30%, os passes sociais foram suprimidos para os estudantes (e fortemente reduzidos para os séniores), ora as pessoas que recebem ordenado mínimo representam 1/5 da população ativa e têm filhos, pais e avós e o passe social+ que foi entretanto criado para os mais pobres não abrange quem recebe o ordenado mínimo pois, parece, ganham demais... serão ricos?

Também não entendo como é que se pode produzir mais e melhor quando o ordenado mínimo tem de facto diminuído regularmenteos desde há dois anos e os trabalhadores chegam ao trabalho cada vez mais cansados, com os transportes, com a barriga vazia, com a saúde muitas vezes débil e cheios, muito cheios de preocupações...

Também não compreendo que quem decide de tudo isto vive com ordenados chorudos, bons carros e boas casas... Porque é que o governo não começa por diminuir os salários dos ministros, secretários de estado e os numerosos assessores e conselheiros como António Borges que disse ainda ontem que "ninguém quer um país pobre, mas o ideal seria que os salários descessem"...

e assim vai Portugal ou melhor, não vai a lado nenhum!

07 mars 2013

O QUE VAI PELO MUNDO... A morte de Chavez.

O Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Rafael Chavez Frias, faleceu aos 58 anos vítima de cancro.

Logo os fugitivos venezuelanos em Miami (EUA) com os seus colegas fugitivos cubanos festejaram o contentamento, como se uma morte fosse de festejar!

A presidência de Chavez foi sem dúvida motivo de críticas, como todas as presidências e, é preciso não esquecer que foi sempre eleito democráticamente, em eleições reconhecidas internacionalmente!

O exercício do poder foi talvez musculoso mas é preciso não esquecer que a Venezuela fica na América latina e não na Europa!

Mudou muita coisa, melhoraram sobretudo as condições de vida dos pobres e para isso teve de tirar a riqueza recolhida do petróleo à minoria que o detinha, claro que isso não agradou às oligarquias que dirigiram até ali a Venezuela e ainda menos aos "protetores" norte-americanos que não deixaram no entanto de receberem a tão apetecível energia!

O que é certo é que apesar de tudo o que se possa dizer, os 500 000 portugueses que para lá emigraram por lá continuam a viver e sem vontade nenhuma em regressarem e que os negócios entre Portugal e a Venezuela prosperaram como nunca, começando pelos computadores Magalhães...

O que esteve e está em causa, é a distribuição da riqueza, por muitas corrupções que possam ocasionar e os ricos nunca gostaram de perder o que embolsaram... recorde-se os jorros de dinheiro que há para a banca e que não há para a saúde ou educação (que também são investimentos) na sociedade "liberal" em que vivemos...

(7/3/2008)