Díli, 11 ago (EFE).- O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, cancelou hoje uma visita a milhares de refugiados nos distritos de Baucau e Viqueque, depois de supostos membros do partido de oposição Fretilin emboscarem um veículo das Nações Unidas.
Segundo o secretário de Estado, Mario Reis, "um grupo de militantes da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor- Leste Independente) atacou os policiais das Nações Unidas no bairro de Caiboilori", em Baucau, aparentemente com fuzis automáticos AK-47.
A emboscada, na sexta-feira, não deixou feridos. Os membros da UNPol, ao lado de policiais timorenses, tentavam liberar a estrada entre Baucau e Viqueque, bloqueada por supostos militantes e simpatizantes da Fretilin.
O inspetor Pedro Belo disse à agência Efe que "um grupo de jovens, supostamente da Fretilin, atirou com armas automáticas, por isso os policiais responderam também com suas armas".
Belo garantiu que "nenhum agente ficou ferido, e a Polícia deteve a sete suspeitos". Um carro policial foi queimado no incidente, acrescentou.
O porta-voz oficial Joel Pereira explicou que "José Ramos Horta decidiu não viajar aos distritos de Baucau e Viqueque por motivos de segurança" Ele acrescentou que o ataque à Polícia influiu na decisão.
O representante das Nações Unidas no Timor-Leste, Atul Khare, quem também iria a Baucau com Ramos Horta, condenou hoje o ataque ao comboio. Nos três veículos que formavam a caravana viajavam quatro policiais da UNPol, dois agentes timorenses, um tradutor da ONU e três voluntários, que também foram apedrejados.
A UNPol recomendou aos civis que evitem a estrada entre Baucau e Viqueque.
Vários distúrbios, que incluem ataques a escolas e a suposta violação de alunas de um convento, estão sendo atribuídos a seguidores e simpatizantes da Fretilin, descontentes com a nomeação de Xanana Gusmão como primeiro-ministro.
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