Sei que me vou meter em coisas que não me dizem respeito mas, a liberdade de expressão também é dizer o que se sente mesmo que não seja politicamente correcto, pelo menos para alguns.
Timor, que tenho no fundo do coração, parece-me que está a ser mais uma vez abandonado por Portugal e, até talvez, a pedido de Ramos-Horta e de Xanana Gusmão, talvez a bem das boas relações com os países vizinhos e para agradar à juventude timorense, é estranho que na tomada de posse do novo Presidente, o secretário de Estado da Cooperação Portuguesa afirmou que a cooperação vai ser revista, para se centrar sobretudo na segurança pública, quanto à lingua pouco se falou e consta que o novo presidente fala cada vez mais em indonésio e cada vez menos em tétum... e lá fez um elogio fúnebre do último governador indonésio/timorense de Timor, o da repressão na altura do referendo a menos que Xanana Gusmão prefira a Austrália, etaremos cá longe para ver a confusão que vai ser naquele país daqui a uns meses, cada um a querer mandar em tudo e em todos. No ano passado já foi o que foi com o Presidente a reivindicar poderes que não tinha e que julgava ou queria ter, agora, o novo presidente quer ver os seus poderes aumentados mas, só daqui a dois anos...
Do que me dou conta para já é a pouca cobertura e interesse em Portugal das eleições legislativas, nos telejornais da RTP só tenho visto pequenos apontamentos à hora do almoço (o que pode ser visto em horas normais em Timor...) e quando os há, quanto ao da noite ainda há menos notícias e no que se refere aos serviços da Lusa sobre Timor, que eram livres, agora são pagos, felizmente que descobri na internet um blog muito interessante com os resultados das eleições além de muitas outras informações sobre Timor a visitar sem falta no http://timor-online.blogspot.com/ .
Ficamos a aguardar os resultados das eleições e a formação do novo governo.
A Fretilin mesmo se ganhar, talvez não volte a governar, com as prováveis coligações dos outros partidos que durarão o que durarem.
O governo da Fretilin cometeu provávelmente muitos erros, afastou-se do povo, não agradou à juventude, teve conflitos com a Igreja, pensou mais no futuro no que no presente mas, o que é certo também, é que defendeu a independência de Timor em relação aos países vizinhos, garantiu as maiores receitas possíveis do petróleo, dos 20% propostos pela Austália lá conseguiu 50% e a ver vamos se assim vai continuar e para quem vai o dinheiro, há muitos maus exemplos pelo mundo, basta olhar para Angola!
Cá etaremos em breve para mais desabafos.
03 juillet 2007
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