Liège (Bélgica), 31 de Agosto de 2007
Caros Amigos Timorenses
Estou mesmo muito inquieto do que se pode passar amanhã em Timor-Leste quando o Presidente Ramos-Horta anunciar o novo governo.
A calma aparente é algo muito estranho, sobretudo depois das eleições para o Parlamento Nacional onde tudo se passou bem para a presidência mas o mesmo não sucedeu para as vice-presidências, sobretudo numa democracia nascente, não seria de eleger um dos vice-presidentes da minoria parlamentar que até representa o partido mais votado?
Será que a coligação vai mesmo durar os cinco anos com independentistas, colaboradores dos ocupantes indonésios e pró-australianos no mesmo saco? Lembro o que disse o Bispo de Baucau: "A Coligação é um vidro brilhante mas que se pode partir"!
Lembro também o que o antigo comandante das Forças de Estabilização Internacionais, o brigadeiro-general australiano Mal Rerden, disse à agência Lusa no dia 27 de Julho ter aprendido nos onze meses que passou em Timor-Leste:
"em primeiro lugar, a resiliência dos timorenses".
"É gente muito, muito dura, com uma grande capacidade de resistência, em circunstâncias diferentes, tanto física como psicologicamente".
"A segunda coisa é a adaptabilidade dos timorenses, a sua versatilidade. Perante uma dada situação, conseguem encontrar uma maneira de contornar, ou passar por cima, ou lidar com uma situação em que a maior parte das pessoas ficaria bloqueada".
"Mesmo no sentido político, são muito flexíveis ".
Esperemos que o povo seja mais inteligente do que os políticos têm demonstrado ser, sobretudo agora que a polícia da ONU não pode utilizar balas de borracha...
Espero sobretudo que me engane e que tudo se passe bem, francamente o Povo Timorense não merece mais violências nem mais humilhações com ainda mais tropas estrangeiras no país.
Um grande abraço fraterno
Fernando Cabrita Moreira/Entre Cais
31 juillet 2007
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