MÉMOIRES MUSICALES 23/05/2013
J'ai
vu un de ces jours à la télévision portugaise une émission fantastique
avec la pianiste Olga Prats qui ma beaucoup touché par sa sympathie et
sa passion et ouverture pour la musique, si j'avais rencontré quelqu'un
comme ça à l'école ou ailleurs, j'aurais peut-être appris et fait
quelque chose avec la musique, en tout cas, avec le temps j'ai appris à
l'aimer, surtout les musiques brésiliennes et portugaises et même à les
divulguer à la radio belge pendant plus de 20 ans, musiques que
m'entourent encore aujourd'hui ainsi que quelques chanteurs français,
italiens, des musiques du monde, du rock, du jazz et que sais-je encore!
MEMÓRIAS MUSICAIS 23/05/2013
Num
dia destes vi um programa fantástico na RTPi, já à meia-noite, talvez
não tivesse sido o programa que foi fantástico mas antes a personagem, a
pianista Olga Prates, vi até ao fim, já a cair de sono com o maior
prazer e fiquei a questionar-me se tivesse encontrado na minha
juventude uma senhora ou um senhor como Olga Prates ou Atónio Victorino
de Almeida, talvez tivesse feito alguma coisinha com a música que
apresentada assim é tão bela...
Esta maravilhosa senhora fez-me
lembrar a minha querida mãe que, lamento imenso para ela e para mim também, não
ter continuado o piano, por causa da cunhada que a proibia de tocar
quando foi viver para casa dela, por falecimento do pai, o meu avô materno, se tivesse continuado talvez me tivesse aprendido a tocar
qualquer coisinha, enfim, tenho como recordação algumas pautas de música
da sua juventude azarenta de qualquer forma transmitiu-me o prazer em
ouvir música.
Lembro-me que quando era muito jovem e
havia lá em casa um gravador Gelloso (o meu irmão sempre gostou das
novas tecnologias) e também uma viola, arranhei alguns sons que deviam
ser muito modernos sem saber nada do que se passava pelo mundo fora e em
particular no campo musical, será poderia ter sido um Jimmy Hendrix
português? Passei ao lado de tanta coisa, esta foi só uma...pelo menos
no meu imaginário...
Bem mais tarde fui apanhado a lidar com
música, a divulgar música portuguesa e lusófona na rádio belga, no
começo não conhecia nada, comecei a ouvir e a gostar, até encontrei
muitos artistas que entrevistei, como José Afonso, Amália Rodrigues,
Cristina Branco, Carlos do Carmo, Maria João e muitos e muitos outros.
Na
adolescência, a partir de meado dos anos sessenta do século passado,
fui "embalado" ao som do programa do então Rádio Clube Português "Em
Órbita" que só passava música anglo-saxónica até ao dia que passou uma
música portuguesa e em português do Quarteto 1111 de boa memória mas foi
um exemplo esporádico, já não estava em Portugal quando do fenómeno do
programa de televisão "Zip-Zip" e a música portuguesa só havia de fazer parte da minha vida muito mais tarde com José Afonso, Sérgio Godinho,
José Mário Branco, Fanhais, na altura achava o fado piroso mesmo o de
Amália Rodrigues que hoje adoro, coisas da idade e da altura...
A
música clássica nunca me atraiu o que talvez tivesse acontecido se a
minha mãe tivesse continuado a tocar piano, com o tempo apaixonei-me pela Música Popular Brasileira com Chico Buarque, Caetano
Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia o que me levou à Música Popular
Portuguesa, ao fado, à música de raiz folclórica, ao rock, ao jazz, à
música africana, às músicas do mundo, todas elas me emocionam ainda hoje, atualmente também
me identifico muito com a programação musical da RDP/Antena 1, ouço
ainda com muito prazer alguns artistas franceses, italianos, latino
americanos e claro e sempre o rock-pop anglo-saxónico e, nem
que fosse a propósito, ao acabar de escrever estas linhas, recebi a
notícia da morte do grande Georges Moustaki que muito me entristeceu,
lembram-se do Fado Tropical?
(Continua num dia destes)
23 mai 2013
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