14 novembre 2013

QUANDO ANDO PELO CHIADO DOS ESCRITORES (Crónica Fernandina de 13/11/2013)

Quando ando por Lisboa, passo muitas vezes pelo Chiado (nome de um poeta hoje quase desconhecido) quando vou apanhar o comboio ao Cais do Sodré, passo pela estátua de Fernando Pessoa, sentado a uma mesa da Brasileira, a dois passos onde o poeta nasceu, num prédio em frente do Teatro de S.Carlos (a ópera de Lisboa),
ao lado fica a praça Camões onde domina a estátua do poeta e,
descendo a rua do Alecrim, a caminho do Cais do Sodré, um pouco mais a baixo à direita, quase escondida por camiões de bombeiros,
fica a estátua de Eça de Queiroz.

Na placa descritiva impressiona-me quando vejo 1845-1900, quer dizer que já vivi mais 13 do que o grande político, estudioso e escritor Eça de Queiroz que nos deixou uma obra excecional e eu, até agora, não fiz quase nada. Quase que tenho vergonha em passar por lá, talvez por inveja! Enfim, fiz o que desejei fazer desde a adolescência, estudar e trabalhar no audio-visual e no cinema, até fiz rádio, de que me apaixonei e agora que tenho mais tempo, dedico-me à fotografia e dou uns piscares de olhos à escrita, resta-me a consolação em saber que José Saramago escreveu a maior parte da sua obra depois dos 60 anos... nunca se sabe!

Já agora aproveito para recomendar a leitura do livro de José Saramago "No ano da morte de Ricardo Reis" um dos heterónimos de Fernando e onde tão bem descreve a rua do Alecrim e o Chiado.

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