19 novembre 2013

NESTES DIAS CINZENTOS GOSTO DO COLORIDO DOS CENTROS COMERCIAIS
 

Crónica Fernandina de 18/11/2013                      

É verdade, nestes dias escuros, chuvosos e frios em que as pessoas são pardas, tal como os gatos...
é nos centros comerciais onde encontro às vezes o calor e as cores que faltam, são eles que nos dão
a luminosidade e o colorido que não se encontram, agora, nas ruas, em Lisboa, principalmente
no Colombo e em Liège no Médiacité.

Apesar da agressão comercial, encontramos ali um certo calor humano, talvez porque para muitos   
é um sítio de sonho e de diversão em família ou entre amigos, só comparável ao que se passa
nas praias e nos parques durante o verão.

É certo e é pena que os centros comerciais vieram substituir os mercados e as feiras
que quando e onde ainda existem não devemos perder mas, há infelizmente cada vez menos.

As cores vindas dos tetos ou das montras agora acrescidas com as iluminações de Natal
(afinal não é só o presidente venezuelano Maduro que antecipou o Natal...) e também as curvas
ajudam a dar uma ilusão de grande espaço não repetitivo, um espaço repleto de pessoas de todas
as idades e de todas origens, é na verdade um pulmão colorido dentro de uma cidade cinzenta.

Sem dúvida que é o fruto da sociedade de consumo (a nossa), que se trata de mais uma alienação em desviar as pessoas dos problemas quotidianos em vez de as incitar à reflexão, à criação ou mesmo só à leitura, ouvir música (qual?), ir ao teatro, ao cinema, às exposições ou aos museus
numa palavra incitá-las à cultura.

O que é certo também é que um pouco de distração não faz mal a ninguém e
cruzar pessoas que nunca cruzariamos noutros sítio, também não e, menos mal ainda,
é quando encontramos amigos e colegas, e damos dois dedos de conversa.

É a vida...

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