06 novembre 2007

A lusofobia de Ramos Horta

Reinado: ”pivot” da Austrália só cumpre ordens

Blog Timor Lorosae Nação - Segunda-feira, 5 de Novembro de 2007
Sementes da lusofobia não são por acaso
Malae Belu

Parece que já todos esqueceram as circunstâncias em que Alfredo Reinado foi apanhado com a “boca na botija” e que ele não foi preso e presente a tribunal – que ordenou a sua prisão preventiva - por andar a dar sementes às catatuas.

Alfredo Reinado, para além de se ter conluiado com Xanana Gusmão e provavelmente com Horta de modo indirecto, tem efectivamente um dono que por interpostos agentes o fazem avançar e recuar conforme interessa.

Em política nada acontece por acaso e muito menos quando em jogo estão imensos milhões para extrair do mar de Timor e na própria ilha.

Interessa para a política planificada da Austrália, relativamente a Timor-Leste, que Portugal se afaste assim como todos os outros países lusófonos, principalmente o Brasil.

Não lhes convém a partir de agora que portugueses ou brasileiros persistam em continuar no país, pois são eles que afinal fazem passar para o resto do mundo aquilo que é o quotidiano timorense, fazendo com que as informações corram nos satélites como dardos que desmascaram as suas reais intenções.

Para o presidente Horta e ao primeiro-ministro Xanana Gusmão não parece que seja tão evidente o desejo deste tão radical querer australiano, mas sempre fará algum jeito porque se existe sítio onde eles não são bem quisto é exactamente entre os portugueses e os brasileiros – tudo devido às informações que chegam a esses países pelos cidadãos que lá estão a cooperar.
Será bom que aqui se recorde a afronta que os militares australianos fizeram aos portugueses logo que chegaram a Timor na crise do ano passado. A sua vontade de “criar caso” ficou bem revelada e a animosidade em relação à sua presença existiu sempre, e existirá enquanto por lá permanecerem.

Isto não aconteceu, nem acontece por acaso. Que não se iludam aqueles que acreditarem nos sorrisos e palavras dos políticos que visitam o país e elogiam babadamente os seus antagonistas. A diplomacia e a hipocrisia a isso obrigam.

Para quem está atento e acredita mesmo que nada acontece por acaso em política, nem naquilo que está a ocorrer em Timor, será fácil poder ver que tem vindo a ser transportado para o espírito dos timorenses a lusofobia. Superiormente isso tem sido aceite e evidenciado por Horta e Xanana e depois pelo resto da pirâmide em que eles se apoiam.

Mais uma vez um novo empurrão foi dado pelo “pivot” australiano nesse sentido. Alfredo Reinado declarou-se na entrevista ontem concedida à ABC o elemento depreciativo dos países lusófonos que simplesmente têm cooperado com Timor-Leste e a seu tempo – quando os seus donos considerarem oportuno – a muito mais grave instigará.

Chegará a altura em que por receios compreensivos os cooperantes lusófonos ver-se-ão na contingência de ir embora de Timor-Leste.

Em Timor-Leste ficará quem a Austrália quiser, independentemente de ela própria mudar de governo ou não, nestas próximas eleições.

Quando se disse que Portugal estava a “entregar Timor à Austrália” o sentimento corresponde à realidade, só faltando perceber porquê.

É que Portugal ou os outros países lusófonos presentes nada podem fazer se sentirem e souberem que essa é a vontade de Horta e Xanana nos seus “pragmatismos” anteriormente delineados.

Evidentemente que Portugal está a querer retirar todos os militares da GNR lá deslocados, deixando um ou outro ao serviço das UN. Evidentemente que existem informações do deteriorar da situação e naquilo que ela pode redundar relativamente a pessoal civil - professores e não só.

É que a animosidade está em crescendo. Foi plantada há tempos e já germinou, agora só podem acontecer duas coisas: ou seca e fina-se ou cresce muito mais. Isso constituirá um perigo para a integridade física dos portugueses e de todos que provêm da lusofonia, principalmente brasileiros.

Porque a intenção de reduzir os portugueses em Timor, se necessário a retirada total, foi manifestada pelo Governo português, e porque o quer fazer rapidamente, em breve, vimos a resplandecente hipocrisia de Horta, principalmente, fazendo uma visita que procurará protelar essa retirada, para que assim não seja tão evidente a “entrega à Austrália”. É só uma questão de diferentes timing’s, querendo Horta manter aparências e o governo português preservar a integridade dos seus cidadãos. Não se julgue que os serviços de informações portugueses não funcionam.

Evidentemente que qualquer individuo sabe que a generalidade dos timorenses considera nada ter contra Portugal ou contra os portugueses, nem contra os brasileiros ou outros lusófonos, mas o facto é que a mestria demonstrada pelos serviços australianos na manipulação das situações e das populações não deve permitir que se protelem as manobras que devem ser feitas a tempo e em segurança, com um sorriso copiado aos hipócritas da diplomacia mas com uma lágrima no canto do olho.

Primeiro deve-se preservar a saúde e a vida daqueles que lá estão por bem e a solução pode ser que seja mesmo a total retirada.

Os timorenses, se não estiverem de acordo, que peçam explicações a Horta e Xanana.

Já agora questionemo-nos: porque motivo é que Reinado aparece de vez em quando manipulando as peças do xadrez? Porque motivo Alfredo Reinado continua impune, sem ser presente a tribunal. Porque, para assim acontecer, ele tem a protecção de Horta, de Xanana, da ONU e de Hutcheson?

Tudo isto, apesar das exigências do tribunal e da justiça para que se cumpram os ditames da lei e da ordem!

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