01 juillet 2011
NUM PAÍS ONDE NÃO HÁ MINISTÉRIO DA CULTURA...
Na Europa Ocidental, só o Luxemburgo não tem uma televisão pública. É de referir que mesmo os maiores liberais europeus nunca privatizaram as televisões públicas (só a França privatizou a TF1 mas manteve e reforçou FR2 e FR3 e criou novos canais públicos abertos como FR4, FR5 e FRÔ). Nem os ultra liberais Aznar, Cameron, Sarkozy, Berlusconi (um homem dos médias) e Angela Merckel privatizou qualquer canal público. Na Bélgica, onde vivo, também não, nem a Grécia o vai fazer. Pedro P. Coelho ao privatizar a RTP poderia assim ser levado aos ombros dos ultra liberais por ser o primeiro. Só se a RTP é demasiado intelectual para alguém que terminou um curso universitário (numa privada, claro... aos 37 anos (e falavam do Sócrates!) e a SIC e a TVI talvez sirvem como referências culturais. Não vejo o que é que a RTP tem de pior do que as outras, com boa informação e boas séries, só que passa menos brasileiradas (com todo o respeito que tenho pelos brasileiros) e jogos idiotas. Para mais, há privatizações e privatizações, o PPD/PSD já tentou privatizar o Canal 2 (o único canal português cultural) mas foi um fiasco e teve de reintegrar a casa RTP e se desta vez for a RTP1 a ser privatizada, Potugal sairá da Europa televisual para copiar os Estados Unidos e o Brasil, onde reinam as grandes televisões comerciais e as públicas (também as há por lá) limitam-se a pequenas televisões até mais educativas do que culturais, um pouco como a RTP2. Mas é verdade, num país onde já nem há Ministério da Cultura tudo é possível, enfim, é o país que temos e os políticos que elegemos.
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