8:30 Sábado, 13 de Out de 2007
Lisboa, 13 Out (Lusa) - Portugal é um dos países em desenvolvimento que menos ajuda dá aos países mais pobres, estando longe de cumprir as metas estabelecidas para o cumprimento dos Objectivos do Milénio, revela um relatório divulgado sexta-feira.
De acordo com o Índice de Compromisso para o Desenvolvimento (ICD) 2007, no ano passado "Portugal deu apenas 0,21 por cento do Rendimento Nacional Bruto (de 315,8 milhões de euros)" para os países mais pobres.
Em declarações à agência Lusa, Luís Mah, coordenador em Portugal da campanha do Milénio das Nações Unidas, disse que "esse valor não dá mais do que oito cêntimos por cada português".
"Acredito que Portugal pode dar mais do que isso", acrescentou.
Para o responsável, ICD mostra que Portugal está "muito longe" de cumprir os compromissos assumidos na Declaração do Milénio, em 2000, que foram de dar 0,51 por cento do Rendimento Nacional Bruto até 2010 e 0,78 por cento até 2015.
Segundo o Índice de Compromisso para o Desenvolvimento, numa comparação aos esforços dos 21 países que assinaram a Declaração do Milénio estão a fazer para cumprir os objectivos propostos, Portugal encontra-se em 18º lugar.
"Os índices da 'Ajuda' e 'Migrações' são os piores, estando Portugal em último lugar da tabela no que respeita às 'Migrações'", disse à Lusa Luís Mah.
O "Comércio", a "Segurança" e a "Tecnologia" são os índices onde Portugal obteve melhores resultados.
Para Luís Mah, o facto de este relatório ser divulgado no mesmo dia em que foi apresentado o Orçamento de Estado na Assembleia da República, é positivo.
"Temos de continuar a fazer ver que é preciso manter e cumprir os objectivos assumidos", disse o responsável, para quem "cabe ao ministro das Finanças aumentar o orçamento para a Ajuda Pública para o Desenvolvimento".
"É isso que gostaríamos de ver reflectido no Orçamento de Estado", acrescentou.
Questionado pela Lusa, Luís Mah disse ter "esperanças" que Portugal consiga cumprir o que prometeu.
Quanto aos Objectivos do Milénio, o responsável mostrou-se optimista em vê-los atingidos.
"Acreditamos que o mundo tem os recursos necessários para vencer a pobreza", afirmou.
MCL.
Lusa/Fim
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