10 février 2011

JUBILAÇÃO OU REFORMA, COLÉGIO OU ESCOLA, TUDO É UMA QUESTÃO DE PRECONCEITOS SOCIAIS...


Esta noite caiu a notícia de que o Ministério da Educação chegou a acordo com a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo sobre o financiamento aos colégios com contrato de associação. O Ministério tinha reduzido o financiamento de 114 mil euros para 80 mil para o próximo ano letivo que os colégios contestaram. Até ao final desta ano letivo, o financiamento será de 90 mil euros, mas no próximo já descerá par os 80 mil. Mas houve cedências da parte da ministra. A mais importante é que os contratos com os colégios serão válidos por cinco anos "até nova avaliação da rede". Além disso, todas as escolas vão manter os apoios e a redução de turmas apoiadas será feita de forma gradual até o ano letivo. (D.N.)

Na terça-feira, fiquei espantado ao ouvir (e ver) na televisão um manifestante pró SOS Escola dizer que a diferença que há entre a escola pública ou o colégio privado (na maior parte dos casos católico) era óbvia e, disse que uma boa demonstração verifica-se em Coimbra, onde uma está ao pé do outro, só que se enganou pois a escola pública de que falou é uma das melhores entre todas as escolas do país (públicas e privadas juntas) ou até talvez não se tenha enganado, pois tudo isto não passa de uma questão de ideias preconcebidas sobre a escola pública. Repararam no nome da maioria dos colégios? Repararam nos partidos políticos que os defendem com unhas e dentes? Nada é inocente!

Que eu saiba o Estado Português é um Estado laico e se tem de recorrer às vezes à Igreja é para ultrapassar algumas lacunas ou até e só por razões ideológicas, como na assistência, na saúde e na educação, isso vem do poder histórico da Igreja Católica em Portugal e das melhores condições de vida dos portugueses desde 1974.

Foi precisamente o aumento da frequência escolar (e ainda bem) que apanhou o Estado português sem meios para aumentar rapidamente o parque escolar até por más escolhas nas prioridades como a construção do Centro Cultural de Belém ou ainda pior de tantos estádios de futebol, solicitando por isso uma ajuda temporária aos setores privado e religioso, foram então celebrados contratos temporários e não definitivos, que se podem modificar ao longo dos anos e já lá vão muitos e mesmo renováveis ou não, sobretudo agora em período de vacas magras em que é preciso cortar nas despesas pois se há crise deve ser para todos.

As escolas privada e religiosa vieram em ajuda e todos estamos gratos mas também devemos condenar os que se aproveitaram indevidamente, sobretudo na duração e que claro agora não querem perder o negócio e continuarem a viver à custa do Estado, isto é, de todos os portugueses!

Devemos também estar muito atentos para que todos os jovens continuem a ter um bom ensino e que Portugal continue a progredir e a libertar-se das sua maleitas ancestrais...

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